Continuando a abordar o tema "Carência Afetiva", temos falado sobre as falhas que sustentam este problema. Falamos anteriormente sobre a questão da paixão (ou falta dela) e a questão de entendimento sobre o Reino. Prosseguindo na rota do entendimento, passemos a um outro ponto pouco observado por aqueles que tanto reclamam da falta de alguém.
Uma Questão de Entendimento sobre os Tempos
Em 1Cr 12.32, observa-se um grupo bastante capacitado na compreensão das coisas espirituais, porque, nada mais, nada menos, que o ir e vir de milhões de pessoas, no deserto, ficavam sob o comando deles. Quando prosseguir, quando permanecer, os filhos de Isaacar davam a direção segundo uma profunda acurácia espiritual. Ampliando esta reflexão, é sabido que o próprio Deus ao longo de toda a humanidade interferiu e agiu de maneira diferente, em cada uma das eras. Aos interessados no assunto, eu recomendo o trabalho de Lawrence Olson, O Plano Divino Através dos Séculos , acerca das dispensações divinas (períodos de tempo) ao longo de nossa existência.
Se é de fácil conclusão que Deus agiu de maneira apropriada e diferente em determinados momentos, por que, então, não faria o mesmo na vida de cada um de seus filhos? Deus não é Deus de "todo mundo". Esta premissa chega a ser um insulto ante sua autoridade e principalmente sua onisciência. A partir daí, quando há um entendimento dos tempos, nada haverá contra a "solteirice". A inconformidade com ela, talvez sem intenção alguma, soa como uma espécie de flagrante que aponta uma falha nos desígnios celestiais. Porque se não há entendimento, não há contentamento; do contrário, existirão questionamentos, lamentações e tentativas. Recursos humanos e meramente carnais são utilizados na tentativa de pular uma etapa da vida, pular uma dispensação cujo porquê o Eterno bem sabe.
Não desejo fazer chacota com as emoções alheias, no entanto, soa-me estranho, até mesmo tosco, esta coisa de site de relacionamento cristão, namoro cristão, encontro cristão, etc. Acredito ser impensável ao profeta Joel uma coisa deste tipo quando profetizou que os jovens teriam visões. Ora bolas, onde estamos e para aonde vamos? Veja bem se fluem os dons espíritos no meio da juventude de sua igreja. Em caso negativo, creio que a resposta a isto não seja tão difícil. É a geração dos "sem noção", a geração "do todo mundo"... (porque tá todo mundo casando, porque tá todo mundo namorando, etc.). Lamentável!
Conheço uma pessoa a qual perguntei com quantas ele havia namorado desde que se converteu. Em quatro anos, três meninas. Eu retruquei: você está ficando a cada um ano e pouco!!! Ele respondeu meio sem graça: é verdade. Ainda assim, recentemente, ele partiu para a quarta. Jovem, pense bem no que você está fazendo com os melhores anos de sua mocidade. Reflita, não à luz daquilo que "todo mundo" diz, até o "pessoal da igreja", mas, reflita segundo os estatutos divinos, pois, por eles você prestará contas. O apóstolo Paulo dá uma dica e tanto para os que acham que ficar sozinho é uma maldição. Ele ressalta, em 1Co 7.32, aquilo que deve ocupar o coração dos solteiros: agradar a Deus. Jovem ou não tão jovem assim, agradar a Deus precisa ser o seu desejo principal.
Aqui, respeito muito as opiniões discordantes, porém, não deixo de questionar a legalidade dada aos não-casados para fazerem coisas pertinentes aos entrelaçados matrimonialmente através de uma instituição tradicional mundana chamada namoro. Não entrarei nos meandros da santidade para não fugir ao tema, fico apenas no que tange ao tempo ou a perda dele. É contraditório ver jovens saindo às pressas de cultos para levar fulana em casa... tardes de sábado ou finais-de-semana quase completos investidos no estar ao lado da pessoa amada, conversando, passeando e conhecendo "melhor". Pergunta: se você não cuidar com intensidade das coisas de Deus nem de como agradá-lo, agora, enquanto é solteiro, quando, então, seguirá tal conselho? Acha mesmo que estando casado poderá investir muito tempo no seu relacionamento com Deus em meio a toda demanda de uma vida (questões financeiras, familiares e profissionais)? Sinto muito em lhe dizer, caso você não desperte para a dispensação presente e discirna aquilo que lhe é para o momento, há de chegar os dias em que quererás buscar a Deus com mais intensidade e não poderás! Aí, você olhará para trás e lamentará o tempo perdido em namoricos e tentativas frustradas de se dar bem e vencer o tão "terrível" deserto sentimental.
Aproveite este texto e examine-se a si mesmo. Se for achado em falta, não tenha vergonha dos seus erros e tropeços. Empreenda esforço para verdadeiramente ser um jovem numa outra "onda", numa nova forma de vida. Nova mesmo.
Se você é um líder de jovens, como tem feito para instruir e ajudar sua juventude a não viver em vão? Se você é jovem e consegue guardar seu coração de toda a pressão dos dias atuais, compartilhe como tem obtido êxito. Certamente sua opinião poderá ajudar muitos outros que estão numa verdadeira guerra entre os impulsos do espírito e os da carne.
Sensacional, eu passo por essa luta, mais tenho sido agraciado por Deus em entendimento.
ResponderExcluirObrigado.
" Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito. "
Romanos - 12:2
Glória a Deus, irmão!
ResponderExcluirComo diria Napoleão Hill: "A vitória pertence aos mais perseverantes!".
Permaneçamos firmes!
Belo texto, só não concordo com as seguintes partes:
ResponderExcluir"Sinto muito em lhe dizer, caso você não desperte para a dispensação presente e discirna aquilo que lhe é para o momento, há de chegar os dias em que quererás buscar a Deus com mais intensidade e não poderás!"
Creio que a disponibilidade para buscar a Deus depende de como você estabelece suas prioridades.
"Acha mesmo que estando casado poderá investir muito tempo no seu relacionamento com Deus em meio a toda demanda de uma vida (questões financeiras, familiares e profissionais)?"
Continuando... é como se você estivesse dizendo que o casamento é uma amarra que, a despeito de ser obrigatória, atrapalha a comunhão com Deus. Não posso concordar com essa declaração, não vejo nela base bíblica.
Obrigado Teles por me fazer refletir em minhas palavras. Talvez, não tenha me expressado corretamente.
ResponderExcluirEm relação ao que vc destacou, eu ressalto a distinção feita pelo ap. Paulo entre solteiros [que buscam agradar a Deus] e casados [que buscam agradar a esposa]. Não que o matrimônio seja uma amarra, mas representa o principal ministério de um homem na Terra. Ministério este a ser exercido nem sempre de maneira integralmente espiritual. Ex: passear com a cônjuge, viajar, participar de reuniões familiares etc. Tudo isso requer tempo. Tempo que antes era vago - uma vez solteiro- e, agora, não o é mais.
Reitero que o casamento não atrapalha a comunhão com Deus. Apenas quis incentivar os solteiros a desfrutarem a sua maior quantidade de tempo para adorar a Deus.
Permaneçamos firmes!
Sim, depois é que fui ler a parte 3 e isso ficou mais claro. Agora concordo com você.
ResponderExcluirNo mais, parabéns pelo blog. Está recheado de conteúdo edificante.
Obrigado, Teles. Compartilhe com outros aliados e conte conosco!
ResponderExcluirPermaneçamos firmes!