sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Stephen Covey Sobre O Ativismo Na Igreja





Acredito que pessoas seriamente envolvidas com qualquer crença admitirão que ir à igreja não é sinônimo de espiritualidade interior. Existem pessoas que se ocupam tanto com rezas e projetos da igreja que ficam insensíveis para as necessidades humanas prementes que as rodeiam, contradizendo os próprios preceitos em que dizem acreditar tão profundamente. Existem outros que comparecem à igreja com menos freqüência, ou nem aparecem, cujas atitudes refletem um centro mais genuíno, apoiado na ética judaico-cristã básica. 


Tendo participado a vida inteira das atividades organizadas por minha igreja e de grupos de auxílio comunitário, concluí  que freqüentar a igreja não equivale necessariamente a viver os princípios ensinados nas reuniões. A pessoa pode ser ativa na igreja, mas passiva quanto ao evangelho. Na vida centrada na igreja a imagem ou aparência pode se tornar a preocupação dominante para a pessoa, conduzindo a uma hipocrisia que mina a segurança pessoal e o valor intrínseco. A orientação vem da consciência social, e a pessoa centrada na igreja tende a rotular artificialmente os outros, com termos como "ativo", "inativo", "liberal", "ortodoxo" ou "conservador". 

Uma vez que a Igreja é uma instituição composta por políticas, programas, práticas e pessoas, ela não pôde, por si, dar a uma pessoa uma segurança profunda, permanente, ou senso de valor intrínseco. Viver os princípios pregados pela Igreja pode fazer isso, mas a instituição apenas não. Tampouco pode a Igreja dar a uma pessoa um senso constante de orientação. As pessoas centradas na igreja habitualmente tendem a viver em compartimentos, agindo, pensando e sentindo de determinado modo no Sabbath e  de outro nos dias comuns. Esta falta de integridade, unidade ou conjunto é uma ameaça suplementar à segurança, criando a necessidade de novos estereótipos e justificativas.

Ver a Igreja como um fim, em vez de considerá-la um meio para se atingir um fim prejudica a sabedoria e o senso de equilíbrio da pessoa. Apesar de a Igreja dizer que ensina às pessoas qual é a fonte do poder, nem a própria Igreja afirma que ela é o próprio poder. Ela se considera um veículo através do qual o poder divino pode ser canalizado para a natureza humana.

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Trecho do livro "Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes" de Stephen Covey, Editora Best Seller, 27ª edição, 2006.



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