terça-feira, 31 de julho de 2012

Como Pregar E Liderar Adolescentes E Rede De Jovens

Eu tenho 13 anos e amo muito a minha mãe, mas às vezes ela parece o capeta. Tem horas que me dá vontade de enlouquecer e começar a chamar ela de vadia. Um exemplo que posso dar foi quando eu estava fazendo um trabalho e mexendo no face ao mesmo tempo, quando mudei de janela, ela começou a dizer que eu era  uma falsa e que eu não valia nada, o que posso fazer para melhorar, além da nossa relação, recuperar a confiança da minha mãe, além de fazer ela deixar eu comprar o computador. PS. eu disse que ia comprar um comp. por que o meu antigo pifou.

Ass: P., 13 anos.

Encontrei esse relato numa rede social. Surpreende? Se sua resposta for positiva, isso poderá ajudar muito a você e a tantos outros que fazem do Google sua principal fonte de alimento espiritual para os jovens. Chega-se aos milhares o número de pesquisas "como pregar para adolescente", "pregação sobre adolescente", "mensagem sobre adolescência cristã" e coisas do tipo. Não há mal nenhum nisso, porém, de maneira exacerbada pode ser o sintoma de muitas anomalias.

Sabe, eu teria/tenho a maior dificuldade de ministrar pessoas da terceira idade. Creio que suas resistências são as mais difíceis de serem quebradas, afinal, são anos e anos recalcitrando contra os aguilhões. Por outro lado, não é por isso minha dificuldade. É que não tem a ver... não tenho idéia, diálogo, maneira de lidar, tato. Isso é primordial para se estabelecer um canal de comunicação produtivo, sim, é o básico e, por  você não saber como construir essa ponte, uma de suas saídas, talvez, esteja sendo o "pr." Google.

Você pode procurar saber o que está acontecendo, mas não almeje pregar pros seus adolescentes aquilo que dá certo por aí. Isso soa falso, eles percebem. Se você quebra a cabeça em como atrair e/ou manter seus adolescentes na igreja, reflita. Quem sabe, não está na função errada. Ora, não sou uma sumidade no assunto não, mas, além de trabalhar quase dois anos com pré-adolescentes, eu também trabalho num colégio. Apesar disso, há algo que me é natural e, isso, você não obtém em congressos ou seminários de EBD. Eu e os adolescentes temos a ver.

Veja só. Tenho 34 anos, mas pra mim é uma chatice aquela reunião familiar, especialmente no Natal. Todos reunidos numa sala, diante da tv falando de como o Faustão está mais magro, não dá não. Cinco minutos é o tempo máximo até eu ir para o quarto do meu sobrinho jogar vídeo-game com ele e os amigos. Se sou chamado na sala, a galera pede pra me liberarem, pra eu jogar um pouco mais. Ali, no ambiente natural deles (e meu também) trocamos várias idéias sobre as minas, as tretas na escola... É natural, entende?

Por vezes, no ministério infantil, um ou outro me chamava pra compartilhar algo que não tinha coragem de falar com os pais. Eu sempre estimulava essa ponte entre eles, mas como já escrevi em Minha Mãe É Um Saco, tem pai/mãe que mais atrapalha do que ajuda. Então, se você está tentando ser outra pessoa para conquistá-los, desista. Se por causa disso, não vê outra forma de ministrá-los se não for com palavras encontradas na web, seja honesto consigo mesmo, com eles e com seu pastor: entregue o cargo. Não há tempo a perder. Antes que um deles se perca com o tempo e morra de fome por causa de um orgulho bobo.


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