"tomai por modelo na paciência e no sofrimento os profetas" ´
(Tg 5.10)
(Tg 5.10)
Todos nós precisamos de consolação nos momentos ruins pelos quais passamos. Por outro lado, a diferença se faz principalmente quando ela vem pautada na sinceridade e no reconhecimento de que, por mais que nos esforcemos, nem eu nem você temos todas as respostas. Mais uma vez, a soberania de Deus surge como um porto-seguro no qual de maneira concreta e experimental a Graça do nosso Senhor Jesus Cristo nos basta e nos é suficiente.
Isto afirmo porque o sofrimento é algo quem nem mesmo o cristão tem sabido lidar. Não que sejamos superiores a um não-cristão, porém, ante o ocorrido na região serrana do Rio de Janeiro e em outros estados, há uma pergunta que não quer calar: por que o cristão sofre? Ora, creio que todos já se perguntaram isso alguma vez e creio que a maioria já passou desta fase. Só que os debates suscitados por esta tragédia parecem refletir um espanto incomum como se a conversão trouxesse uma certa imunidade.
Duvido muito este coro ser composto apenas de novos convertidos. Quem sabe expresse os efeitos colaterais de se nascer num lar cristão; sei lá. Só sei que é lugar comum a tentativa de se decifrar os acontecimentos sempre como uma pista daquilo que está por vir e este por vir sempre se trata de uma vitória. Como aqueles jargões do tipo: "Se a luta é grande é porque a vitória é maior ainda", "Você está sofrendo retaliação" ou "O inimigo está furioso" (?).
Longe de mim ser sarcástico, mas, diga algo assim para os irmãos em Cristo que perderam bens e familiares nas enchentes. Não fará o menor sentido! Este, então, é o ponto crítico, pois, existe um evangelho falado sendo reproduzido por gerações e que não possui raiz em lugar nenhum das Escrituras. A maior ação de Deus em nosso favor foi entregar o Seu filho a morrer por nós. Não estamos no Antigo Testamento, portanto, contente-se, pois, Deus não vai colocar exércitos inimigos aos seus pés nem coisas do tipo.
Logo, se a luta está grande? Prepare-se; pode ficar maior ainda! Antes encarar os fatos e as possibilidades do que pautar sua fé em doces falácias. Temos uma paz que não é a paz do mundo. Temos uma paz que Cristo nos dá e independe das circunstâncias. Por mais doído que esteja o nosso presente, sabemos o que o futuro nos reserva: a Nova Jerusalém. Daí, sejamos simples e sigamos o conselho do apóstolo Tiago, "Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração" (capítulo 5, verso 13).
Permaneçamos firmes!
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Caro André,
ResponderExcluirCreio que não se trata de novo ou velho convertido esse pensamento questionamento falacioso. Trata-se do tipo de evangelho a que ele se converte. Sabemos que existem muitos evangelhos sendo pregado em nosso tempo, na verdade, já havia desde da época de Paulo. Não temos realmente as respostas para muitas coisas negativas que acontecem, mas porque nossa visão é limitada, enxergamos o micro quando Deus está vendo o macro. No caso específico da região serrana, não há muitas respostas a se cobrar de Deus e sim, das autoridades que fazem vista grossa para as construções irregulares em áreas de risco. Vide a Austrália, um número mínimo de mortos.
Mas como você bem colocou, essas justificavas sobre micro e macro, retaliação ou não, não fazem muita diferença agora. O conselho final a oração é a base, porém, devemos lembrar o que o mesmo Tiagão falou: A fé sem obras é morta. É hora de praticar a teologia da lama.
Abraços fraternos brother.
Pois é, mano... me chamou a atenção, num debate de rádio, a intensidade dos questionamentos acerca do sofrimento de um cristão. Beiravam a indignação, sabe? Realmente... devem lhes ter pregado outro evangelho e o pior, se for o caso, que não se deram o trabalho de desconfiar e ler as suas bíblias. Essa coisa meio Arquivo X em que vivemos do tipo "a verdade está lá fora" é complexa, é muito complexa!
ResponderExcluirPermaneçamos firmes!