terça-feira, 13 de julho de 2010

"Eu sou evangélico"


Surpresa. Esta é a palavra que melhor define o caso do desaparecimento de Elisa Samudio. A cada dia, novas revelações deixam o goleiro Bruno Fernandes em maus lençóis. Detido, ele não pensou duas vezes ao responder o policial que o questionou sobre sua religião: sou evangélico.

Eu penso que ele foi sincero ao dar esta declaração. Por favor, não me entenda mal, porém, acredito sim que isto é uma verdade para ele. Neste momento, não se deve somente assistir a tudo como mais um caso; do contrário, faz-se necessária uma reflexão de nossa parte. Afinal, muitas pessoas que não estão sob suspeitas de nenhum crime são tão evangélicas quanto o goleiro. O segmento de indivíduos que alegam terem se afastado da igreja e não de Deus, que prometem voltar quando Deus tocar no coração, que está em pecado mas "conhecem" a verdade é o mesmo que engrossa as estatísticas.
O que você acha que eles respondem quando questionados sobre a sua religião?

Assim, presenciamos um fenômeno inerente deste século: o evangélico não-praticante. Sua fé está de acordo com o seu ponto de vista e não o ponto de vista de acordo com a fé. Isto é um campo aberto para o pecado e as deturpações dos textos sagrados. Não é porque Deus é amor que se poder fazer o que quiser e achar que Deus tem obrigação de perdoar porque estamos no tempo da graça. Não! 

Só que alguns estão mesmo convictos de que é assim que a banda toca. Pensam que podem voltar a qualquer momento e que nada de tão grave irá lhes acontecer. Pensam que podem viver uma vida dupla entre o mundo e a igreja. Pensam que é só se arrepender... só se arrepender... como se isso fosse assim... como se Deus não sondasse os planos carnais de nossa natureza e o intento perverso de nosso coração. Tolos mornos! Cauterizados por satanás, enganam-se com jargões e frases feitas, com a aparência de quem vive, mas está morto, morto com seu relacionamento extra-conjugal, com seu dinheiro de negociata, com sua teologia ditatorial e vazia!

É difícil saber ao certo se Bruno um dia foi membro de alguma igreja e teve um testemunho digno de um cristão. Nem tão difícil é constatar que existem milhares como ele compartilhando um "eu-vangelho" em que nada mais importa além de seu próprio ponto de vista. Até quando figuras públicas serão paparicadas pelos pastores? Até quando perdurará a pregação sem renúncia? Talvez tenha sido este o evangelho pregado a ele... o de um Deus bonzinho e compreensível, que odeia o pecado e ama o pecador. Pena que este não é o Deus da Bíblia.

O Senhor, à tua direita,
no dia da sua ira, esmagará os reis.

Ele julga entre as nações;
enche-as de cadáveres;
esmagará cabeças por toda a terra.

Sl 110.5-6


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