sexta-feira, 5 de abril de 2013

Como Falar De Sexo Na Igreja. Quando A Conversa De Bebedouro Chegará Aos Púlpitos?



Por inferência, eu penso que a Bíblia assegura que o mundo caminha para uma falência onde a grita por um líder plural e universal ecoe aos quatro cantos. Apesar disso, pelo que vemos nos últimos dez anos, eu, pelo menos, não acredito que estejamos no princípio do fim. Isso porque outras gerações, inclusive a dos apóstolos primitivos, tiveram essa mesma sensação. O assunto em voga é a união homoafetiva e todos os seus desdobramentos; o novo núcleo familiar, a relação entre irmãos de pais transgêneros e etc. Gostaria da ajuda dos mais antigos para pensar no seguinte: não aconteceu algo parecido na popularização do divórcio?

Até então assunto proibido nas mesas das famílias mais tradicionais, passou a ser tema de reportagens na tv trazendo à tona uma vontade incubada durante décadas. Os movimentos de transgressão da ordem estabelecida, o feminismo com suas fogueiras abastecidas por sutiãs e suas representantes usando calça jeans, certamente, causaram transtorno incomum para a sociedade da época. Daí, também fico a imaginar o que diziam os pastores de seus púlpitos. Sermões fervorosos em tom apocalíptico, talvez.

A questão é que a sociedade parece ser cíclica. Estamos em transformação inevitável que aparentemente, segundo os mais estudiosos, levará ao enfado provocado pela super exposição à sexualidade e temas afins. Isso produzirá uma tendência um tanto quanto retrógrada, ou seja, uma volta aos princípios antes combatidos. Pense. 

Como era a sociedade antes dos anos 1950? E nos séculos anteriores? Se caminhar bastante, chegará à época dos grandes impérios e aí, meu irmão, se você esmiuçar direitinho vai ver que a coisa não era fácil. Faça uma pesquisa sobre o deus Baco e  como o "membro sagrado" era venerado pelos romanos, símbolo de força e fertilidade. Estude também qual foi a resposta da igreja a tudo isso quando Roma assumiu o cristianismo como religião oficial.

Enfim, tudo mais do mesmo. É isso que se vê. Devido às polêmicas geradas pelos embates políticos acerca do tema introdutório eu fico com a impressão de que a questão homo-afetiva parece ter sido descoberta agora por parte dos evangélicos (ou maioria deles). A maneira como vem se posicionando até aqui demonstra seu pragmatismo improdutivo baseado na libertação e no "desencapetamento". O silêncio diante de tal demanda anos a fio os leva a uma reação que somente expõe seu despreparo. Evitaram tanto polemizar nas EBD's, nos cultos de doutrina, nos encontros de casais e agora é um tal de tuitar e retuitar "estamos em perseguição". Oh! Eia! Estamos em guerra! Tá bom então... 

Até quando negarão a realidade? Sim, porque uma vez ameaçados, passaram a tratar a questão da homossexualidade de frente. Agora, fique sabendo, que existem outras demandas na mesma área que passam de largo. Quando o assunto é sexo, quanta imaturidade, basta sintonizar numa rádio gospel qualquer e sempre os mesmos debates: sexo anal é pecado? Sexo oral é pecado? Quando irão abordar outras questões pertinentes à sociedade em que vivemos, inclusive, que envolve tanto novatos na fé como anciões? Quando os adeptos do voyeurismo apresentarem projetos ameaçadores aí, então, os evangélicos vão tratar a questão de frente? Enquanto isso, vamu fingi que aqui na igreja todo mundo é feliz e ninguém tem problema com isso. Bissexualismo, fetiches outros, não não... isso é coisa do mundão!

Enquanto isso, mais e mais manchetes de jornais terão evangélicos envolvidos em escândalos sexuais. Afinal, é assim mermo, é o fim dos tempos, né? Fazer o quê... ?

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