Igrejas Cheias De Almas Tão Vazias. Por Quê?
Na história da humanidade muitos impérios se mantiveram por longos anos. Vamos nos apegar aos seus valores e daí entendermos que o sistema operacional nunca morreu. A maneira de fazer as coisas vem se repetindo nas mais diversas organizações e, portanto, não seria diferente no que se refere às igrejas evangélicas. É intrigante pensar que mesmo com tantos exemplos históricos muitas pessoas compõem e mantém o funcionamento desses pequenos impérios. Quais seriam, então, as possíveis causas para a perpetuação dos falsos mestres no poder?
1º Tempo determinado para todas as coisas. Sendo o Espírito Santo quem convence do pecado, da justiça e do juízo, é compreensível que uma pessoa tenha acesso ao evangelho do Reino e permaneça inerte. Ela simplesmente não esboça nenhum tipo de reação continuando a sustentar o poder estabelecido - com suas ofertas, tempo e talento. Ela ouve e não escuta, vê e não enxergar. Pode ser que experimentar tudo aquilo sirva para seu amadurecimento e para o socorro de outros que se deixarão enganar no futuro. Desta maneira o sistema que mantém os falsos mestres é sempre retroalimentado mesmo sofrendo perdas.
2º Raça ruim. A verdade é que a Bíblia usa termos como bode e joio para se referir a uma espécie de “cristão” que é raça ruim mesmo. Outras passagens como por exemplo a do Semeador deixam bem claro que apenas 25% das sementes germinam e geram bons frutos. Nem todos se converterão dentro de uma igreja. Talvez, a maioria não irá. E é por isso que todo tipo de gente é capaz de ver Estevão ser assassinado diante de si e não mexer uma palha. Autores e cúmplices. Pessoas que vêem a igreja como oportunidade de extravasar frustrações da vida porque nunca conquistaram nada. Lá, na (igreja) matrix religiosa, tem um cargo, uma patente, um status. Tem o respeito, poder de influência e dinheiro. Ir contra os falsos mestres significa perder muito.
3º O desejo do homem. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. 2Tm 4.3 Pelo que tenho observado nestes últimos anos, quem sabe não seja esse o motivo principal de falsos mestres se perpetuarem no poder. Outro dia eu perguntei: “Você continua lá?” e me responderam “Tô láááá firme e forte”. Percebe a ênfase? Foi quase um “Claaaro, e por que eu sairia de lá?”. Realmente incrível a convicção com que me deram essa resposta. Só me faz lembrar dessa passagem da segunda carta a Timóteo. É isso que as pessoas querem. Elas não querem outros líderes. Não querem a cruz. Querem o clube. Não querem o confronto. Querem o carinho. Não querem pensar. Querem bajular e ser bajulados. Aí, eu faço minhas as palavras de Renato Russo: tentei chorar e não consegui.
“Pequenas igrejas, grandes negócios”; alguém já disse. Eu creio existirem outros fatores dos quais falsos mestres lancem mão para se perpetuarem no poder (como a persuasão, emocionalismo, fascínio, condição social, condição cultural etc). Por outro lado, você há de concordar que esses três motivos parecem ser os principais, não é mesmo?
Como combatê-los?
Mantenha-se online. A qualquer momento, um cristão pode se arrepender dos seus maus caminhos e precisar de alguém para lhe ajudar a colocar as coisas no seu devido lugar. Sentimento de culpa, dúvidas, decepção e dor tomam os pensamentos de quem vê o seu castelo de crenças desabar. Sua ideologia escorre entre os dedos e nessa hora é importantíssimo existir alguém do seu lado que tenha passado por algo semelhante - lembra-se do primeiro motivo no início do texto?
Portanto, poupe sua artilharia contra os falsos mestres porque vai soar como pessoal e apenas dará mais munição para o sistema. Prossiga semeando a boa semente, crendo na boa terra e esperando o tempo certo de colher seus frutos.
Permaneçamos firmes!
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