terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Série Discernimento # 03: Oculte As Suas Intenções



Esta postagem é sequencial integrando a coleção Como Ter Discernimento Espiritual - A Série. Clique Aqui para entender o contexto e o intuito do texto abaixo.



LEI 03 - OCULTE AS SUAS INTENÇÕES


JULGAMENTO


Mantenha as pessoas na dúvida e no escuro, jamais revelando o propósito de seus atos. Não sabendo o que você pretende, não podem preparar uma defesa. Leve-as pelo caminho errado até bem longe, envolva-as em bastante fumaça e, quando elas perceberem as suas intenções, será tarde demais.



ALGUNS TÓPICOS DA LEI


As pessoas na sua maioria são como um livro aberto. Elas dizem o que sentem, não perdem oportunidade de deixar escapar opiniões e, constantemente, revelam seus planos e intenções. Elas fazem isso por vários motivos. Primeiro, é fácil e natural querer sempre falar dos próprios sentimentos e planos para o futuro. É difícil controlar a língua e monitorar o que se revela. Segundo, muitos acreditam que sendo honestos e francos estão conquistando o coração das pessoas e mostrando a sua boa índole. Eles estão imensamente iludidos. A honestidade é na verdade uma faca sem fio, mais sangra do que corta. A sua honestidade provavelmente vai ofender os outros; é muito mais, em vez da verdade nua e crua que é o que você sente ou pensa.

Se você deseja o poder, ponha imediatamente a honestidade de lado e comece a treinar a arte de dissimular suas intenções. Domine a arte e você prevalecerá sempre. Elementar para habilidade de ocultar as próprias intenções é uma simples verdade sobre a natureza humana: nosso primeiro instinto é confiar nas aparências. Não podemos sair por aí duvidando  da realidade do que vemos e ouvimos - imaginar constantemente que as aparências ocultam algo mais nos deixaria exaustos e aterrorizados. Isso faz com que seja relativamente fácil ocultar as próprias intenções. Basta acenar com um objeto que você parece desejar, um objetivo que você parece querer alcançar, diante dos olhos das pessoas e elas tomarão a aparência como realidade. Uma vez os olhos fixos na isca, elas não notarão o que você está realmente pretendendo. 

Uma tática que funciona com frequência quando se quer armar uma pista falsa é parecer estar apoiando uma ideia ou causa que, na verdade, contraria o que você sente.

Outra ferramenta eficaz para colocar as pessoas desorientadas é a falsa sinceridade. Elas confundem facilmente sinceridade com honestidade. Lembre-se - o primeiro instinto é o de confiar nas aparências, e como as pessoas valorizam a honestidade e querem acreditar na honestidade dos que as cercam, raramente irão duvidar de você ou perceber o que você está fazendo.


APLICAÇÃO NO UNIVERSO EVANGÉLICO

Cara, essa é a pior parada a se enfrentar dentro da igreja. Tu olha pro irmão... irrepreensível aos olhos humanos, mas alguma coisa te diz que tem algo errado. Sabe esse pé atrás que você tem? Lembra da postagem "A dúvida é do diabo. Será mesmo?" (Clique Aqui)? Então, eis aí o fio de discernimento chicoteando seu coração para acordá-lo desse sedativo maligno. O primeiro passo é você se culpar por causa dessa dúvida, afinal o verdadeiro amor não suspeita o mal. Daí você ora, pede pra Deus tirar isso de você, respira fundo e prossegue. Fica bem por um tempo e logo, logo, lá está aquela pulga atrás da orelha catucando você. Caramba! Mas, como pode ser isso? O irmão é irrepreensível. Elogia você, seus filhos. Te faz um carinho inesperado. Por outro lado, o tempo, um aliado, vai fazendo aparecer os vestígios da verdade.

Seu segundo passo, então, é orar e pedir que Deus revele o que está oculto. Se tem alguma treta, Deus vai mostrar. Você ora, ora, ora e... nada. Mas, por quê? Porque o tempo vai passando e as contradições vão aparecendo. E também porque Deus não há de revelar o que está aí disponível nas melhores livrarias do ramo. Um dia... você olha pra sua estante e lá está: Maquiavel! Bin-gô! Você pagina o livro, liga os fatos e eis o mosaico. Diagnóstico feito.

Exemplo 1: determinada pessoa se envolve em atividades extradenominacionais e os pastores cobram relatório de tudo. Alegam que é para orar, para dar cobertura espiritual, mas, em compensação, nenhum dos relatórios enviados são respondidos. Não lhe parece estranho? De concreto, o que existe, é a coleta de dados que comprovem um possível desvio doutrinário de sua parte dependendo com quem a pessoa está andando e do que ela está fazendo. Fato.

Exemplo 2: o membro da igreja deseja ir num evento interdenominacional. O pêérre diz "É... benção..." (e bota reticências nisso!!!), mas por sms deixa o líder direto de sobreaviso e manda o papo "Ó! E nada de fulano ir no tal evento, hein?". O membro deduz que pode ir na boa, mas se esquece que o pêérre não disse que não, é verdade, mas também não disse que sim (percebe a sutileza?). Assim, o pêérre não fica mal com o membro, mas tem munição pra mandar indireta no culto de domingo sobre obedecer liderança, submeter-se à liderança...

Exemplo 3: você chega pra pessoa e diz "Entra lá no blog. Postei algo maneiro!". Ela responde "Ah, tá. Manda o endereço pro meu email...". Por trás, você mal sabe (ou sabe, sabe sim) que ela entra de quando em quando no blog. Quer saber o que você anda dizendo. Suas idéias inovadoras são vistas como revolucionárias, suas palavras, deturpadas, viram pauta de reunião e exemplificação do que não será tolerado. Prepare-se, meu rapaz! Essa é uma viagem sem volta rumo à bandeja de prata.

Exemplo 4: discursam pra você sobre liberdade, sobre acesso direto à liderança. Querem trazer você pra mais perto, assim, saberão de fato quem é você. Mas, você não vai duvidar, está envolvido emocionalmente pela sinceridade [?]. Tomando coragem, você vai lá e comunica seu afastamento de certas funções ministeriais. Expõe seus motivos, abre-se e recebe a compreensão travestida de "tá abençoado". Semanas depois... num mover do espírito [?]... o pêérre chama à frente para orar os líderes de ministério, os que trabalham no ministério e os que desejam trabalhar em algum ministério. Junto às cadeiras vazias, alguns visitantes e você, perplexo, exposto. O que é isso? No outro domingo... de novo. E na outra pregação um lamento por aqueles que poderiam estar crescendo trabalhando em ministérios mas preferiram diferente. Outros membros percebem o recado. Outros, fingem não perceber. A guerra fria começou. E você que acreditou no discurso de acesso direto à liderança.



 Continua...


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